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sejam bem vindos a meu cantinho, rodeados de rosas e solidão... uma cantinho repleto de amor, e morte, onde meus delírios como poeta ficam gravados. Não sinta pena de mim, não sinta medo, apenas retire destes trechos algo bom, algo de valor para uma ventura melhor. Estes poemas, estes conhecimentos aqui colocados são apenas delirios poeticos, criados apartir de uma mente delicada e intimadora, ate mesmo pra mim. Saboreie com todo prazer... luxuria. Beba destes versos aqui escrito como vinho... lambuze-se, até a ultima gota...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Amor, um funeral de corações


Não vês minha dama, quão lacrimoso são seus olhos

Como nebulosos estão as memórias de minha ventura.

Num leito decaído apoiada em podres e minguantes tijolos

Amante que me banha de ternura.

Teu seio mergulhado num musgoso e fétido concreto

Estático sem palpitação... Velando-me o gozo,

Protegendo entre sombras da luminosidade do céu aberto

Guardando-me, como moço.

Lágrimas caem em seus olhos... Assombrosa nuvem

Imunda meu leito, leve esta rosa em suas águas

Carregue entre seus lençóis para que os tempos consumem

Deixando as cinzas das magoas.

Mãos levantadas ao céu, num pedido de bênção

Magoadas e ambas gastadas, um palco onde um corvo canta

Gritos mórbidos, porteiro da noite para a lua esta canção,

Ou para esta que em meu leito é santa.

Oh rosa! A flor pálida que aos pés de minha dama dorme

Somente as cinzas, neste sepulcro de cimento ti espera

Ou junto às lágrimas das nuvens, que o solo imundo absorve

Levando-a ao fundo da terra.

Oh rosa! Flor pálida e lacrimosa... Não vê que vai embora...

Uma pétala de sua sombria e elegante harmonia

Aquela pétala que como distante pombo viaja muito agora

E espera a primavera em agonia.

Assim vai outra e outra... Daquela pálida flor apenas a lembrança

Que uma lágrima da chuva, para as profundezas levou.

Daquela que presenteou meu leito, resta apenas uma esperança

Que outra rosa ao menos guardou.

Tão castigado sorriso é desta que não me abandona

Nem mesmo esta borboleta em seu ombro esse sorriso faz animar.

Grãos caem no decorrer dos ventos, viajam longe de sua dona

Quanto resta para ele sangrar.

Oh minha amante... Silente sorriso petrificado

Que me guarda... A musa poética de meu calmo jardim.

Oh! Deitado em seus pés sinto-me com algo purificado

Se ao menos deitasse junto a mim.

E assim nossa eternidade prossegue... Num barco navegando

O tempo que ti corroeu a face sempre ti deixa mais bela.

Oh anjo de meu leito, com um vago olhar segue sonhando

Vagaremos nesta barca singela.

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