Quem sou eu

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sejam bem vindos a meu cantinho, rodeados de rosas e solidão... uma cantinho repleto de amor, e morte, onde meus delírios como poeta ficam gravados. Não sinta pena de mim, não sinta medo, apenas retire destes trechos algo bom, algo de valor para uma ventura melhor. Estes poemas, estes conhecimentos aqui colocados são apenas delirios poeticos, criados apartir de uma mente delicada e intimadora, ate mesmo pra mim. Saboreie com todo prazer... luxuria. Beba destes versos aqui escrito como vinho... lambuze-se, até a ultima gota...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Vampiros - amor e morte







Imagens tiradas do google imagens

Nas Asas do Corvo - Banda Ravenland (composição Dewidson)

Voa sozinho dentro da noite
Absurda e imensa não a foi-te
Eterna e fria afaga meus sonhos
De memórias antigas queimadas
E as cinzas destas por corvos levadas

Ave sombria de olhos místicos e obscuros
Que guarda em si segredos de hostes celestiais.
Velas queimadas, lágrimas caídas, sob as lápides de quem voltará jamais.
Assim pensavas “é só isso e nada mais” até enquanto eu não escutava o teu canto
Vagando em “ais”.


Ao Meu Anjo Caído - My Dying Bride_ For My Fallen Angel

Quando dreno meu fôlego
E o brilho preenche meus olhos.
Beijo-a, ainda.
Pois ela nunca mais se erguerá

Em meu escasso corpo
Descansa a tua moribunda mão
Através dos prados Celestes.
Onde corremos.

Como um ladrão à noite
O vento sopra tão suave
Isto guerreia com minhas lágrimas.
Que não secarão por muitos anos.

"Dourada seta do amor
Dela deveria ter fugido
E não ao ébano dardo mortal
Abatê-la mortalmente."

Pássaro Anjo Negro (Um poeta de tragédias)- Banda Desire _ Dark Angel Bird ( A poet Of Tragedie)


Durante a noite...a noite toda...
Um trágico grasnido pode ser ouvido...
A voz de um anjo que fica chamando...
Um anjo com uma alma sangrando está caindo...

Anjo negro da melancolia
Eu sou uma lágrima fria de misantropia
Anjo negro do sofrimento
Eu sou um lamentador cheio de angústia

Seus violentos poemas de dor
Numa elegia mordaz
Vermelho escuro é a cor
De sua agonia ilimitada

Anjo negro da melancolia
Eu sou uma lágrima fria de misantropia
Anjo negro do sofrimento
Eu sou um lamentador cheio de angústia
Cheio de angústia... lamentador cheio de angústia...

Pássaro anjo negro...

A tristeza em seu canto
É a minha própria melancolia
Um lutuoso derretimento de lágrimas
Que emergem como o cair da noite

Nos seus olhos...
Eu contemplo os olhos de uma alma
Uma alma com um coração sangrando
E sem o amor de ninguém

Minha existência depende da sua
Minha... minha alma é como a sua
Por... por você eu choro
Na fria noite nua

Leve-me além da infinidade
Em suas asas de luz lunar
Eu quero soltar um último grito
Eu quero adormecer e sonhar

Eu sou... Eu sou o pássaro anjo negro...
Um poeta de tragédias...

Eu sou o pássaro anjo negro...
Eu sou o pássaro anjo negro...

Eu sou o pássaro anjo negro...

Arranhe com suas garras mortais
Agarre bem... no meu peito
Chão do cemitério para as invocações de outono
Santuário para um amor despedaçado

Abnegado, eu clamo por você
Minha alma sangra pela sua
Por você eu morro...
Por você eu morro...
No frio...
No frio...
Na fria noite nua...

Na fria noite nua...
Na fria noite nua...

"Anjo de coração ferido
Como é triste o fim...
Sentir-me perdido
Morrer dentro de mim..."

Amor, um funeral de corações


Não vês minha dama, quão lacrimoso são seus olhos

Como nebulosos estão as memórias de minha ventura.

Num leito decaído apoiada em podres e minguantes tijolos

Amante que me banha de ternura.

Teu seio mergulhado num musgoso e fétido concreto

Estático sem palpitação... Velando-me o gozo,

Protegendo entre sombras da luminosidade do céu aberto

Guardando-me, como moço.

Lágrimas caem em seus olhos... Assombrosa nuvem

Imunda meu leito, leve esta rosa em suas águas

Carregue entre seus lençóis para que os tempos consumem

Deixando as cinzas das magoas.

Mãos levantadas ao céu, num pedido de bênção

Magoadas e ambas gastadas, um palco onde um corvo canta

Gritos mórbidos, porteiro da noite para a lua esta canção,

Ou para esta que em meu leito é santa.

Oh rosa! A flor pálida que aos pés de minha dama dorme

Somente as cinzas, neste sepulcro de cimento ti espera

Ou junto às lágrimas das nuvens, que o solo imundo absorve

Levando-a ao fundo da terra.

Oh rosa! Flor pálida e lacrimosa... Não vê que vai embora...

Uma pétala de sua sombria e elegante harmonia

Aquela pétala que como distante pombo viaja muito agora

E espera a primavera em agonia.

Assim vai outra e outra... Daquela pálida flor apenas a lembrança

Que uma lágrima da chuva, para as profundezas levou.

Daquela que presenteou meu leito, resta apenas uma esperança

Que outra rosa ao menos guardou.

Tão castigado sorriso é desta que não me abandona

Nem mesmo esta borboleta em seu ombro esse sorriso faz animar.

Grãos caem no decorrer dos ventos, viajam longe de sua dona

Quanto resta para ele sangrar.

Oh minha amante... Silente sorriso petrificado

Que me guarda... A musa poética de meu calmo jardim.

Oh! Deitado em seus pés sinto-me com algo purificado

Se ao menos deitasse junto a mim.

E assim nossa eternidade prossegue... Num barco navegando

O tempo que ti corroeu a face sempre ti deixa mais bela.

Oh anjo de meu leito, com um vago olhar segue sonhando

Vagaremos nesta barca singela.

Zé Ramalho - Garoto de Aluguel

Uma letra de música de deixar muitos escritos, poetas, etc. de boca aberta...
Além de ser gótico sou um admirador da arte, e essa música é uma obra de arte.
uma letra linda, a voz dele é o mais interessante, que parece que ele que foi o (taxi boy)
fica a dica para meus amigos

sábado, 22 de janeiro de 2011

O Jardim De Uma Campina


O verde de horizonte a horizonte dando uma harmonia paradisíaca naquela planície. O sol forte brilhava no céu. Nuvens brancas e aveludadas caminhavam sem destino acima. Algumas borboletas voavam em busca de algumas flores que hoje seriam sepultadas ali. Borboletas azuis, amarelas, de cores diversas. Algumas poças de água límpida. Um espelho colado ao chão. Espelho que mostrava a imagem azul do céu naquele momento. Espelho que ao por do sol estaria escarlate. Espelho que terá como companhia, cavaleiros tombados ao lado. Onde o sangue que brotava de suas chagas cairia em suas límpidas águas tornando-as malditas.

Espadas empulhadas em mãos trêmulas. Ao certo alguém ali, há alguns metros de distancia, estaria pronto para levá-lo ao a morte. Alguém ali entre aqueles milhares de guerreiros na sua frente na certa iriam impedir de ver os filhos crescerem. Os olhos fortes e dentes cerrados para não demonstrar o coração palpitante de medo. Atrás numa fileira um pouco mais distante, uma lágrima descia de olhos trêmulos. Ou um pouco mais a frente alguém admirava uma ave no céu. Um inimigo à frente, escondido entre muitos, rezava para seu deus. Agradecendo o grande desempenho e habilidade com a espada. Ou outro guerreiro acreditava que na certa derrubaria muitos homens com o arco herdado do pai. Na frente de todos os guerreiros, um rei. Rei este que demonstrava lealdade aos companheiros de batalha, que era mais rei que o do outro lado, mas que gostaria de está em seu trono, vendo o tempo passar em seus olhos. Rei que gritava palavras de encorajamento, palavras que não podia ser ouvida em algumas fileiras atrás.

Podiam estar algumas centenas de metros distantes. Onde um grande jardim verde os separava. Não se conheciam. Mas o que impediriam de ser amigos. Algumas dezenas de ambos os lados ainda não sabiam o motivo daquela batalha. Os reis que sozinhos resolvem-se seus problemas. De um lado tinha alguns camponeses que mal sabia levantar uma espada. Do outro lado um alfaiate e um ferreiro. Assim como uma garota que queria vingar a morte da mãe.

Tambores eram batidos. Gritos de ambos os lados. Era uma maldita sinfonia ao ouvido de qualquer um. Alguém agitava a espada, como uma bandeira. Ao som de gritos de um dos lideres, forma-se a formação de batalha estudada. Do outro lado o mesmo. Flechas cortavam céu, uma negra nuvem pontiaguda choveria sobre o inimigo. Às vezes absorvidas pelo escudo, às vezes pela pele do corpo. Gritos de dor. Sangue. Mais gritos, agora de alegria do outro lado. “vocês iram sucumbir” gritou alguém. Galopes e mais gritos. Dois rios que se encontram. Rios de homens. Cavalo e cavaleiro tombando ali. Choro de alguém que estaria abraçado pela morte. O fôlego se foi de um rapaz que casaria em poucos dias. E que prometera voltar. Mas não cumpriria a promessa. Mas gritos. De alguém que matará um ser humano pela primeira vez, mas não notará outro inimigo a galope em suas costas. Lembra-se da poça de água límpida. Pisoteadas por homens e animais. Agora virara uma poça de sangue. Alguém olhava o céu, notava as nuvens brancas. Realmente tinham as formas que desejavam. Bastava ter imaginação. Ali no chão a dor da espada perfurando o pulmão se foi. E as nuvens apagaram-se. E os olhos abertos não viam mais nada.

Na aldeia, que não era muito longe. Uma mulher fazia o porco assado que o marido tanto gostava. Ás vezes gritava com o filho, notara o quanto parecia com seu marido. Mais o marido apesar de esforça-se tanto, ter derrubado muito inimigos, caiu. Tombado. Morto. Uma lágrima brota dos olhos verdes da mulher. “O que foi mamãe... não farei mais isso, prometo” dizia o garoto. À frente, atrás de uma pequena cabana de palha, uma jovem ao tomar o banho via o quanto a barriga crescia, esperava o amado chegar para contar da criança que esperava. Ele prometerá voltar e não quebraria a promessa. Nunca havia quebrado promessa nenhuma.

Num outro povoado, muito distante. Um filho esfregava o colar que o pai dera. Esperaria ali sentado a chegada de todos. Seria o primeiro a ver o pai. Correria e o abraçaria. A mãe fazia o jantar, para ambos comerem. Não sabia ele que o pai decaiu. Uma flecha o acertara no coração. Num outro canto um velho se enforcará ao saber que sua filha tinha ido vingar a morte da mãe. No castelo a rainha transará com seu amante, não ligava... Não imaginava que o rei, com quem casará, estava morto no campo de batalha.

Num lago povoado por cisnes. Onde a neblina fina cobria o chão. Uma garota esperava seu marido. Seus olhos azuis imploravam aos céus que o trouxessem para casa vivo. Não saberia como iria viver sem ele. Era bom guerreiro. Mas há tantos inimigos com igual, ou melhor, habilidade. As lágrimas caiam no lago. Faziam pequenas ondas, que distorciam seu rosto lindo. Suas mãos tremiam. Esperava que a pulseira dada a o marido desse sorte. Sempre dava a ela, por isso deu a ele. Pois o amava. Antes sorte a ele, que a ela.

Cavaleiros caídos. Sangue, poças de sangue. Lago de sangue. Aqui e ali morte, onde havia verde. Não se via borboletas em busca de alimento em flores. Agora apenas aves em busca de alimento morto no chão. Algumas palavras sussurradas antes de silencia-se para sempre. Alguns gritos de clemência. Alimento para ratos e outros animais no campo aberto. Espadas empunhadas em mãos frias. Uma flecha quebrada e enfiada no peito. Bandeira antes movida pelo vento, na ponta de uma lança, estava fincada no chão. Estática.

E no meio de muitos outros silentes. Olhos abertos para o infinito. Lágrimas secas. O coração calado. Cabelos escorridos em sangue. Onde sempre brotara um sorriso para a amada agora era apenas um lábio roxo. Sem vida. Na mão a pulseira ela havia dado a ele para trazer sorte. E trouxe. Derrubaram muitos. Sua habilidade era impressionante. Mas no fim não voltaria para aquele colo acolhedor e doce de sua mulher.

Minha Vizinha- Parte 1

O portão fechado. Ela entrava com um vestido branco... De um tecido quase transparente. Pelas costas podia ver a minúscula calcinha. Seu sorriso era lindo, deslumbrante, enlouquecedor. Senti-me quente. Vestia apenas uma bermuda jeans. Mostrando um corpo naturalmente forte. Ela entrou. Sempre educada, com minha família que estava na sala assistindo TV, caminhamos para o meu quarto, ao lado da sala.

Deitou-se na cama, como se fosse de veludo. Os cabelos negros desciam pela pele bronzeada e acariciavam os seios fartos. Ela me olhava. Eu perdia-me nesse maldito brilho. Agarrou em minha bermuda e puxou para a cama. Deitei-me ao seu lado. Ela desceu a mão na minha barriga. Com as unhas arranhava meu peito. Beijei-a com força. Quando descia com a mão para a alça do vestido, para desatá-lo, ela se levantou.

- Sua família esta ao lado. Precisamos disfarçar... – caminhou até meu porta CDs e começou a vasculhar – hard rock... heavy metal... Mais hard... Scorpions!

Tirou o álbum acústico da banda e colocou no PC para tocar. Colocou em um volume alto. O sol entrava pela janela iluminando minha pecadora visão. Uma bunda redonda, e deliciosa. Um corpo magro e gostoso. Ela olhava por cima do ombro e sorria.

- Você parece um tarado. Uma fera querendo alimentar-se.

- E você gosta de finge de presa – respondi.

As conversas eram limitadas já que não estávamos sozinhos na casa. O cd começou a tocar. Ela em pé, sorria pecaminosamente. Começou dançar. Os cabelos dançavam junto ao seu corpo. O vento que entrava pela janela acariciava minha pele quente. E corriam para ela deixando aquela dança mais surreal. Tirou uma fita da cintura, no movimento sutil. Insinuava-se para mim. Provocante. Meu pênis latejava dentro da bermuda. Soltou a parti de cima, deixando a mostra seus seios firmes, grandes e aveludados. Ameacei correr em sua direção. Ela ameaçou recolocar o vestido.

- Fique onde está garoto – ela disse, sorrindo – se não corro e grito por socorro.

- Estar certo, não me mexerei.

- Certo... Continue sendo esse garoto bonzinho.

Apenas acenei com a cabeça. Ela continuou. Deixando cair às alças do vestido. Sorrir para ela e ela retribuiu. Então me levantei antes que ela demonstrasse reação, agarrei em sua cintura empurrando-a para a parede. Beijei seu rosto, seu pescoço, sua boca. Encostei meus lábios ao seu ouvido e disse:

- Então grite socorro... Pois não sou tão bonzinho assim.

- Que bom – ela disse desabotoando minha bermuda – pois não gosto de homem bonzinho.

Coloquei sua calcinha de lado. Meti meus dedos em sua boceta molhada. Ela gemia em meus ouvidos, arranhando-me as costas. Beijava sua boca vermelha enquanto uma de suas mãos descia tocando uma leve punheta em meu membro. Tirei minha mão de sua boceta e coloquei em sua boca. Ela chupava meu dedo. Lambuzando-se toda. Depois de saborear aquela cena por alguns segundos. Tapei sua boca, para calar aquele prazeroso gemido que saia de seus lábios. Levantei uma de suas pernas e meti em sua boceta que estava toda molhada. Ela num gemido silenciado pela minha mão retribuía com tapas em meu rosto. Arranhava-me as costas. E eu metia com força em sua boceta. Seu suor descia pelo pescoço e caia em seus seios. Tirei minha mão de sua boca e acariciei seus lábios. Depois desci aos seus seios, onde passei a apertá-los mais forte a cada nova estocada. Dificilmente aqueles brancos seios não sairiam vermelhos daquele quarto. Ela beijava-me e quando o gozo veio dela, suas pernas perderam as forças, simplesmente mordeu meu pescoço. Segurei-a nos meus braços, sem tirar meu pau de sua boceta. E continuei a meter em sua boceta, até que sentir o gozo próximo. Meu pau inchou dentro de sua boceta, jogando aquele liquido quente dentro dela. Ela beijava-me como uma doida. Como uma tarada.

Ela tirou o vestido do corpo suado. O vestido todo amassado pelo nosso corpo. Ficando apenas com uma calcinha de renda. Uma calcinha molhada. Ela também tirou a calcinha ficando nua na minha frente. Revelando uma boceta lisa e vermelha. Parecia uma deusa aquela imagem a minha frente. Aquelas provocantes deusas que descem à terra para satisfazer seus gostos sexuais com humanos. Deusas ou demônios? Não sei. Mais ela era uma visão muito tentadora. Ela aproximou-se de mim e começou um doce sexo oral. Movimentos certeiros. Meu membro outra vez ereto. Agarrei em seu queixo trazendo para mim. Ela ao aproximar de meu rosto, cuspiu em mim. E sorriu:

- Isso é pelo meu vestido. E minha calcinha. Prove de seu próprio gosto – ela dizia essas palavras, como se recitasse um poema, tocando levemente em meu rosto todo molhado de saliva, então aproximou de meu ouvido – vem aqui atrás. Quero você todinho.

Ela ficou de quatro em cima da cama. Dei algumas estocadas em sua boceta, apenas para aproveitar aquele gozo que ainda saia dela para lubrificar a entrada pedida. Enquanto metia em sua boceta, com o dedo indicados passei a meter em seu cuzinho. Ela gemia silenciosamente. Então tirei de sua boceta e coloquei a cabecinha de meu pau em seu cuzinho. Ela mordia os lábios de prazer. Devagarzinho meti meu membro todo. Ao som “Tease me Please me” comecei um vai e vem lento. Às vezes parado para um longo beijo na boca, sem tirar o membro. De um movimento lento e prazeroso, para um movimento rápido e enlouquecedor. Ela mordia meu travesseiro para não gemer alto. Seu corpo suava. Apertava seus seios. A cada estocada o meu orgasmo se aproximava. Com os olhos cerrados ela puxou minha mão, que estava em sua boca e começou a morder. Até que se deixou cair na cama sem força. Como um viciado, não parei de meter em seu cuzinho. Suas mãos apertavam o lençol que antes cobria minha cama. Deitei sobre suas costas e continuei a meter. Continuei até quando o orgasmo chegou. Tirei meu pênis e ela pediu para gozar em sua bundinha. Foi o que fiz. Lambuzei aquela bundinha toda. Ela gemia levemente.

Sem forças deitei ao seu lado. Ficamos assim, sem roupa por alguns minutos. O sol entrava pela janela iluminando aquela imagem nossa. Dois corpos que jaziam sem força.

- Quero saber como eu vou para casa, como passarei na sala de sua casa assim. Você é louco! – ela disse.

- Eu sou louco? Você não impôs nenhuma dificuldade nessa minha loucura – sorri.

- Sei. Mas ainda assim você é louco. Vou ter que esperar até anoitecer, esperar até umas 10 horas da noite pra ir para casa.

- Nesse horário todos aqui em casa já estão dormindo, assim você passa, e vou deixar você até sua rua. – a rua dela era próxima da minha, mas tinha que passar por uma área um pouco escura – mas, sei não, você ficar aqui até a noite?

- O que foi? Não posso?

- Pode... Mas não me controlarei... Não me responsabilizo por meus atos. – disse.

- Amei! – ela respondeu – gosto de ficar com as responsabilidades.

Continua...


Baby, don´t fear the reaper

O PUB ficará saboroso naquelas ultimas horas. Ao som de muito Hard Rock as garotas dançavam. Insinuantes. As bebidas alimentavam a sensação de liberdade. A fumaça do cigarro dava um ar de mistério. Na mesa, eu mantinha-me silencioso. A loira que encontrará no banheiro, e com algumas simples palavras caia beijando-me meus lábios, sentava-se em meu colo. Eu descia minhas mãos levemente por debaixo de sua saia, enquanto beijava seus lábios. Sua calcinha estava molhada. Passei meus dedos, sobre sua boceta, depois falando em seus ouvidos, pedi para provar seu próprio sabor. Ela lambeu meus dedos. Depois disse. “preciso sentir o seu sabor”. Sorri para ela e tomei mais um gole de absinto. Por cima do ombro de L******, a loira, vi F****. Umas das vizinhas que lotaram meu carro, para vim neste PUB. Seus seios grandes pareciam saltar da camisa branca com o símbolo do Guns’n’Roses. Calça jeans colada. Lábios redondos e rosados. Não sabia se era um anjo ou um demônio. Mas não podia fazer nada, no caminho meu amigo disse-me que ele “a pegaria” então, caminho livre para ele. Podíamos ver uma parte dos casarões do centro histórico de São Luis da mesa onde estávamos. As pessoas conversavam abaixo de nós, na rua de paralelepípedos. Depois que me despedi da loira endiabrada. Caminhamos para o estacionamento, em busca do carro, para irmos embora.

Deixamos as garotas, que no total eram três, numa rua, e na esquina seguinte saltou do carro meu amigo. Desejando uma boa noite nos despedimos. Nesse momento coloquei Lita Ford pra tocar no som do meu carro e junto com aquela voz sexy e sedutora meu celular tocou. F**** dizia o visor. Atendi, ela numa conversa rápida e direta, disse para pega-la em sua casa.

Lá estava ela. Encostada no portão de sua casa. Nem tirara a roupa. Ela abriu a porta e disse:

- Quero você.

Apenas sorri para ela, saímos em busca de diversão. Quando entrei numa avenida pouco movimentada nessa hora da madrugada, passei a mão em suas pernas. No velocímetro do carro marcava 150 km/h. E minha mão abria suas calças e desciam em sua boceta. Seu clitóris molhado de prazer. Ela gemia. Os postes, a calçada, alguns carros ficavam para trás com tamanha velocidade que íamos. Ela mordia os lábios.

- Preste atenção – ela disse – você esta dirigindo.

- Sinta a noite e confie em seus instintos. - Beijei sua boca. Ela mal conseguia se concentrar. Pois nos meus lábios ela gemia de prazer. Meus dedos faziam suas pernas tremer. E sua visão mostrava a avenida passando pelo pára-brisa numa velocidade enorme.

- Ahhhhhh... Continue – ela dizia aos berros.

160 km/h. As arvores da área litorânea da ilha de São Luiz passavam rapidamente. Tirei meus dedos de dentro de sua calça. Ela suava. Ainda ofegante sorriu pra mim. Beijou-me a boca e abriu o zíper de minha calça, onde meu membro latejava de prazer. Deitou-se de uma maneira que não conseguiria diminuir as marchas do carro, nem mesmo sua velocidade. E começou aquele gostoso sexo oral. Mantive a velocidade. Alguns semáforos à frente. Sua língua subia e descia no meu membro. Aproximamos do primeiro que estava aberto. Seu beijo fazia-me viajar. Segundo semáforo, vermelho para nós. 165 km/h cruzamos por ele. Gozei em sua boca. Ela chupando, não deixou uma gota cair. Limpou-se, enquanto entrava na praia com o carro. A lua brilhava lindamente no céu negro. As estrelas faziam companhia. O carro em pouca velocidade, ela no meu colo, impedindo a visão. Beijando-me. Tirando minha camisa. Tirando sua blusa, deixando a mostra lindos seios. Aveludados e grandes. Com uma das mãos massageava meu membro, que retornara mais ereto ainda. Puxei o freio de mão.

Carreguei-a pra fora do carro. Tirei suas calças com ferocidade. Meti entre suas pernas meu membro, que estava para fora, apenas com zíper aberto. Metia com força. Ela retribuía com pedidos de mais. Sua calcinha de renda foi tirada brutalmente e jogada na maré. Encostada, com a bunda sobre o capô do carro. Meu pênis entrava e saia de sua boceta molhada. Ela gemia aos meus ouvidos. Com as mãos agarrou-me o pescoço, dando tapas ou puxando meus cabelos. Mandava meter com mais força. Então sentir seu corpo tremer, suas pernas ficaram bambas. Ela gozou docemente no meu membro. E com a voz doce, em meus ouvidos pediu para meter em sua bundinha.

Agarrei seus cabelos, empurrei-a no chão. Ela caiu sobre a maré que roçava em nossos calcanhares. De costas para mim, ajoelhada, ela pedia pra eu meter. “Desejo atendido”, disse. Meti em sua bunda, ela urrava, eu mordia seu ombro, seu pescoço. Forcei seu rosto ora contra areia ora contra água. Ela gritava de prazer sempre pedindo mais. Pedia para enchê-la de porra. “Encha meu cuzinho de porra” ela gritava. Até que não agüentei mais, desejo concedido. Gozei. Ela gemia ao sentir meu pênis despejar esperma em seu cuzinho.

Ficamos ali, deitados, na maré que subia vagarosamente para beijar a areia. Ainda não tínhamos forças para colocar as roupas. Ou apenas não queríamos mesmo. Ela brincava e sorria da marca que ficara no meu rosto. Eu ria de seu cabelo todo cheio de areia. Olhávamos a lua que derramava seu olhar prateado para nós. Até que levantamos e seguimos em direção a nossas casas.Fim.

Cavaleiro Tombado

Receba essa poesia, minha musa pálida.

Carregue em seus seios nus, frios, belos.

Sei que eles são apenas lágrimas, de um decaído,

São gritos de um mudo... Oh minha amada!

São gritos de medo, desespero. Porém singelos.

De alguém que sem seus lábios, viverá ferido.

Em seu leito, vitorioso em batalhas, estou decaindo

E a noite derrama suas frias lágrimas sobre mim

Não sinto o calor de seus seios, de seus lábios.

De seu beijo frio, não sinto vida surgindo.

Sinto apenas o sabor de tristeza de um jardim.

O jardim noturno, soturno, de ditos sábios.

Como você é bela, o luar cai sobre você... Divinamente!

És como um anjo decaído... Uma rosa se abrindo,

Em meio a espadas e sangue... Desespero e medo.

Ao lado de seu leito, até que o sol nasça novamente.

Serei apenas um maldito... Um anjo decaindo,

Esperando sentir novamente, em meu rosto seu dedo.

Oh musa!... Que dorme junto à névoa que vai surgindo

Em noites eternas, observada por um luar embalsamado.

Ao seu lado, nesta visão divina. Frios beijos...

Não apenas frios... Gélidos, mórbidos... Decaindo.

Num jardim morto, por mim desejado,

Sem vida, noites eternas... São íntimos desejos.

Lembranças de um amanhecer

Poeta:

- Oh minha musa! Senhora de lamentações,

Doces lábios, profanos... Doce como vinho.

Ao seu lado, perdido como as embarcações...

Segure minha mão, não me deixe sozinho.

Castelã:

- Me sinto desmaiar... Noite bela,

Noite iluminada, pelos clarões de minh’alma

Noite maldita, encantadora, singela.

Beije-me! Sinta em meus beijos uma nova calma.

Poeta:

- Por que desmaias senhora! Sentes frio?

O sabor de seus lábios me traz uma nova aurora.

Um sabor amedrontador, um perdido rio

Lábios que uma nova vida ignora.

Castelã:

- Oh morte! Aceito essa nova dança!

Ti deixo meu amor... Adeus!

Que minha imagem, seja uma lembrança,

Pois agora, decairei nos braços seus.

Poeta:

- oh meu amor! Não me deixe só...

À noite, a aurora será sempre minha

Caminharemos juntos ao pó,

Não ti deixarei nessa caminhada sozinha.

Sem Palavras

Todos riam na fila da entrada. Era a primeira vez que a banda tocaria na cidade e seus inúmeros fãs formavam uma fila enorme do lado de fora. Eu mantinha-me silencioso, apenas observando os humanos. Às vezes, sentia uma leve e prazerosa vontade de deixar um sorriso brotar em minha face diante de inúmeras bizarrices, mas contive-me. A fila começou a andar e todos entravam na casa de shows. E depois de alguns minutos, onde muitos se deliciavam em beijos ou com alguma bebida barata que vendia no local, a banda subiu no palco. Todos dançavam ao som de The Fragments Of Memory, o mais novo cd da banda. No piscar das luzes, na escuridão que banhava o local, uma sombra dançante me chamou atenção.

Ela era linda, seios grandes, corpo bem robusto. Um vestido bem colado que mostrava todas suas curvas. Boca bem carnuda e olhos negros e sedutores. Não sei quanto tempo perdi me saboreando com aquela mulher. Mas sei que minha bebida acabara junto aquele pensamento. A banda no palco tocava suas belas canções e eu olhava aquela mulher dançar. Inúmeras vezes vi um suor descer de seu pescoço caindo em seus grandes e aveludados seios.

Ela notara-me. E sorriu. Cada movimento feito, cada passo dado ela procurava-me com os olhos de ninfa. Seu sorriso hipnotizante deixava meu corpo quente. Meu sangue corria mais rápido. O volume nas minhas calças crescia. Como se adivinha o que eu pensara. Ela caminhou em minha direção. Eu olhando para ela, esqueci que a banda cantando seus clássicos no palco. Passou na minha frente. Com a mão acariciou meu rosto. Percorreu sua mão até meus lábios molhados de prazer. Sorriu e continuou sua caminhada em direção a um corredor que ia para o banheiro. O corredor do banheiro vazio mostrava que todos lotavam a pista. Seu perfume misturado ao suor me excitava. Ela desapareceu numa das portas.

Eu sem pensar muito caminhei na direção que ela havia feito segundos antes. Antes de ocultar-me no corredor, olhei para o palco, onde a banda cantava “Static Cold”, uma das musicas que mais gostava. Talvez nunca mais olhasse aquela banda tocar ao vivo. Mas esse pensamento não impediu de prosseguir com minha tarefa. Abrir a porta, onde dizia banheiro feminino. Ela me olhou no reflexo do espelho e sorriu. Caminhei em sua direção, ela virou de frente para mim. Com uma das mãos agarrei em seu pescoço e na outra em sua cintura. Levantei-a com tamanha força e a coloquei sobre a pia quebrando o espelho que ficava na parede. Beijei seu pescoço e desci a mão entre suas pernas. Ela olhava-me fixamente. Beijei sua boca rosada de excitação com força. Ela enfiava suas unhas em meus braços tatuados. Rasguei sua calcinha, jogando no chão daquele nojo chamado banheiro. Enfie meus dedos em sua boceta que estava molhada. Ela gemia aos meus ouvidos. Apertei seus seios e ela com força deu-me um tapa. Talvez aquela marca amanhecesse em meu rosto, mas não me importei muito. Meus dedos massageavam seu clitóris, ela num momento de êxtase urrou de prazer, gozando em meus dedos. Seu sorriso era lindo. Recuei alguns passos. Ela me olhava com aqueles olhos lindos.

Levantou-se da pia. O tapa que ela dera no meu rosto dava sinal de dor. Ela agarrou-me pela camisa, e me puxou. Num movimento rápido me beijou. Seus lábios forçavam o meu como se quisessem virar um só. Agarrei seu cabelo enquanto ela mordia meu pescoço, e forcei-a ficar de costas. Encostei seu rosto na parede, pude sentir ela gemer. Levantei seu vestido e abri o zíper de minha calça. Coloquei meu membro pra fora e enfie entre suas pernas. Sua boceta estava melada de um néctar que fez com que meu membro entrasse suavemente. Ela gemeu. Beijei-a boca. Comecei a comer aquela boceta. Com força. A cada estocada ela gemia. Puxava seu cabelo, agarrava seus seios e mordicava seu pescoço. Quando eu estava próximo do gozo ela se virou. Rasgou minha camisa, empurrando-me para a parede. Mordia meu abdômen, enquanto com uma das mãos descia ao meu membro tocando uma punheta. Ela levantou o rosto próximo do meu, e cuspiu-me no rosto. Nunca imaginei uma mulher fazendo tal façanha. Fiquei mais louco por ela. “Seu puto” ela dizia em meus ouvidos. Com as unhas coladas em meu pescoço, puxou-me e depois me empurrou numa das portas do sanitário. Não sei se a porta abriu ou forçadamente ela cedeu quebrando. Mas cair sentado no vaso. Ela sorrindo disse-me para meter em sua budinha. Sentou sobre meu membro duro e começou a galopar. Com força metia e ela sempre pedia mais. Ela gozava aos gritos. Agarrei-a como num grampo numa luta de rua. Levantei-a sem tirar meu membro de dentro dela. Colei outra vez sua face na parede, sem muita delicadeza como da ultima vez. Ela gemeu. E próximo do gozo, meti com mais força. Deliciando-me com os gritos de prazer dela.

Quando meu membro inchou dentro de suas entranhas e o gozo era próximo, tirei de dentro dela. Ela abaixou-se. Pedindo para eu gozar em sua boca. Ela tocava uma punheta em mim, como se quisesse arrancar a pele de meu pênis. Dei um tapa que deixou uma marca rosada em seu rosto. Então ela gozou outra vez, e eu junto gozei em seu rosto. Ela se lambuzava com meu liquido em seu rosto sorrindo pra mim.

O seu sorriso era como o sorriso de alguém satisfeita. Olhamos em volta, observando a bagunça feita. E sorrimos juntos. Ela ainda continuava suja de esperma. Olhei em volta, procurando algo pra limpa-la. Achei apenas uma calcinha no chão. Juntei, e eu mesmo limpei seu rosto. Ela ainda continuava sorrindo. Olhando-me. Levantamos, nos arrumamos o máximo que pudemos e saímos, ela não se importava em estar sem calcinha. Sem nenhuma palavra saímos do banheiro e sem nenhuma palavra ela beijou-me e mordeu meus lábios antes de desaparecer no meio da multidão.

Esperava não ver ela nunca mais, mais um dia estava no meu estúdio de tatuagem. O sol descia no horizonte. Quando ela entrou... mais isso é um novo conto, uma nova história.

Libertação: um conto de amor

A noite continuava chuvosa. O relógio da catedral batia cinco horas da manhã. Um frio corria por todos os cantos das ruas da cidade. A neblina, como um veludoso sonho, pousava sobre o chão molhado. Os pingos da chuva caiam como lágrimas de uma lua que se escondia entre as nuvens. As badaladas que cantavam, para marca cinco horas da manhã na catedral, minguaram. O silencio reinou outra vez na madrugada. Apenas os pingos da chuva essa canção ecoava pela noite.

Como um anjo. Um anjo negro. D*** surgiu em baixo das luzes dos postes. Linda. Olhos verdes. Lábios finos. A chuva deixando seus cabelos escorrer pelo casaco. A maquiagem borrada. Fazia parecer um palhaço de um circo de terror. Porém ainda era bela. Vagava pela noite em busca de um nada. Em busca de reflexão. Amanhecendo outra vez sozinha. O silencio em sua vida parecia não ter inicio, nem mesmo fim. Apenas quando passava na frente de um espelho. Mostrando no seio esquerdo uma tatuagem. “M***** ti amo”. Lembrava-a de quando a noite tocou sua vida. A escuridão reinou em seu coração. Ó como queria livrar-se deste mórbido destino.

Suas noites, após a morte de seu amado, há algumas semanas, baseavam em caminhar sem rumo. Sem destino. Como um fantasma. Sempre amanhecia no tumulo de M*****. Sempre desacordada. Cansada. Fraca. De dia dormia. Esquecia-se em sua cama. E a noite fazia, outra vez, sua jornada sem rumo. Sem destino.

O sol outra vez minguava no horizonte escarlate. Seu leito tinha nuvens negras, como um lençol. Seus raios escureciam. Seu brilho fraquejava. Luminosidade fraca a cada instante. E num instante, num segundo, seu reino luminoso cedeu à noite escura.

Num canto do quarto de D*** um rapaz a admirava dormiu. Seu sorriso doce era triste. Podia ver ainda lágrimas nos seus lábios. Seu sorriso banhado pelo luto. Banhado por lágrimas malditas. Seus olhos sem rumo. Opacos. Vazio. Camiseta negra. Deixava a mostra no peito uma tatuagem. “D*** ti amo”. Nas mãos um vestido. Nas mãos brancas e fracas. Seus olhos fraquejavam a cada movimento se sua amada. Deixando cair uma lágrima. Outra que cairia em seus finos lábios.

Ela na cama abria os olhos. Respirava fundo para saber se a morte tinha tocado-a. porém parecia que esse destino, essa libertação não foi concedida a ela ainda. Seus olhos vagavam pelo quarto, pelo teto. Quando, num pequeno instante, encheram de lágrimas. Lágrimas que rolavam pela sua face pálida, caindo em seus lábios. Sua mão tremia. Ele apenas a olhava. Ela tentava chamar seu nome, mas as palavras não saiam de sua boca. Ele caminhou na sua direção, passos firmes, caminhou sem tirar os olhos da face dela. Chegando perto dela, ajoelhou-se. D*** tocava o rosto de seu anjo. Ela o sentia. Frio. Gélido. Ele apenas a olhava tristemente. Estendeu o braço. Um vestido. Vestido que ela conhecia e nunca usara. Ela pegou, levantou-se da cama e caminhou ao banheiro. Minutos depois saiu. Linda. O vestido no corpo mostrava que sua beleza era divina. Era como um anjo. A brancura do vestido confundia com sua pele. Ele num gesto de cavalheirismo estendeu o braço para ela, que aceitou. Saíram.

A noite estrelada, não prometia chuva. O brilho da lua caia prateadamente sobre a pele dos amantes. A rua silente, apesar de cedo. As casas ainda iluminadas denunciavam pessoas nelas. Pessoas fingindo ser felizes. E ela sorria ao encontrar o olhar de M***** procurando o seu. De mãos dadas, num ritmo só. As poucas pessoas que os viram não notaram a felicidade de ambos, apesar de camufladas em lágrimas, não deixava de ser felicidade.

Caminharam por certo tempo, vigiados pela lua que não se escondia em nuvens como nas ultimas noites. De repente no fim da rua que caminhavam, aqui e ali nasciam lápides. Aqui ou ali, alguma cruz revelava-se na noite. Ou anjos choravam para a escuridão. Portão anunciava que estava fechado cemitério. Mas não se importaram, pois seus passos não diminuíram o ritmo. Chegando ao portão, M***** quebrou o cadeado sem fazer força nenhuma. Já que seu rosto matinha ainda preso no olhar dela.

Entraram no jardim silente. Um corvo no ombro de um anjo cantava para a noite, observando eles entrarem. Como numa estala a noite começou a cantar nos ouvidos dos dois. Violinos e violões silenciosamente cantavam a loucura. Bailando, eles começaram a dançar aquela melodia. Sorrisos e gemidos saiam dos lábios deles. Euforia aos amantes. Nos túmulos algumas rosas ou velas choravam para alguém que descansava ali. Percorreram euforicamente o trajeto até que pararam em baixo de uma arvore. Os olhos dela choraram outra vez para uma lápide que conhecia, ele apenas virou-se para a lua, clamando por clemência. Outra vez se olharam, choraram juntos, de mãos dadas. Ele ajoelhou-se aos pés dela, olhando fixamente, estendeu um colar. Ela chorou. Ele ofegante colocou nos pescoço dela. Sua respiração era profunda. Ela no mesmo ritmo, como num baile. Pareciam ter o mesmo corpo. O colar pesou em seu pescoço. Apertava um pouco, mas não se importava mais. Nada tiraria os dali agora. M***** a admirava gentilmente sem tirar os olhos chorosos. Alua brilhava cada vez mais sobre a cabeça dos dois. A árvore sobre eles parecia rezar para aquelas almas. Então num movimento ele a levantou, próximo de um galho, logo depois deixando a cair.

Ali perto, meio da escuridão, com uma lanterna na mão o vigia do cemitério caminhava. Jurava ter ouvidos vozes. E quando foi ao portão notou que o cadeado havia sido quebrado. Rezava pra encontra ninguém. Nenhum morto andando sozinho. Quando ouviu um sorriso. Não sabia onde. De um sorriso, passou a ouvir alguém cantando, voz de mulher. Aliviou o medo. A voz linda ora cantava ora sorria. Não sabia de onde vinha. Quando se calou. O silencio reinou outra vez, silencio que gostava tanto quando estava de plantão. Caminhou por algum tempo por entre as lápides. Então resolveu recolher-se no seu posto, próximo a capela. Pegando um caminho diferente daquele que fez ao chegar naquele ponto. Nada de diferente. Uma árvore no fim do corredor onde estava. Caminhou, seu coração batia rápido, não sabia o motivo. Suas mãos tremiam. A lanterna vagabunda que o patrão havia lhe dado para fazer seu serviço parecia pesar uma tonelada. Quando, assim de repente, notou algo num galho. Algo branco. Algo que parecia flutuar. Não era muito cristão, mas sabia rezar. Foi o que fez. A luz da lanterna iluminou sua visão. Tremeu. Caiu de joelhos na calçada. Fraco. Nunca aconteceu isso por aqui, nunca nessa cidade. Nunca havia visto isso, a não ser na televisão. Correu para ligar para as autoridades.

Uma corda no pescoço branco e agora roxo. Braços caídos e frios. Olhos inchados. Os pés descalços não tocavam no chão, estavam a alguns centímetros dele. Cabelos lisos e bem penteados. Vestido branco como a neve. O mesmo vestido que o noivo trazia no carro quando sofreu o acidente que veio tirar sua vida. Algumas pessoas a viram caminhar na rua. Ela mesma teria arrombado o cadeado, pois a chave que fizera estava ali próxima. Parecia ter tirado sua vida por conta própria. Já que não tinha sinal de violência. “Estranho, muito estranho” disse o delegado. O mais estranho ainda era o sorriso nos seus lábios. Parecia estar feliz, como se a morte fosse uma libertação. Como se fosse seu destino.

A Tempestade

A chuva caia. Fria. As nuvens, no céu negro pela escuridão noturna, deixavam cair, como lágrimas, seus rios de chuva. A neblina, como um tapete de veludo, deixava a grama podre e mal conservada encoberta. Sem idolatra a noite. Formando poças de lama suja. A neblina fazia crescer lápides pelo horizonte. Troféus mórbidos. Tão belos. Podiam-se escutar os gritos de clemência, de dor, dos pássaros noturnos. Alguns voavam outros apenas admirando a noite em algum galho de arvore. A chuva persistia, fria, doce. Encobrindo a lua. Que em seu leito adormecida apenas espiava entre uma e outra nuvem.

Como se derrepente. Surgido de um clarão promovido por um relâmpago. Com seus olhos inchados. Ainda chorosos. Ainda sofridos. Surgi L******. Um rapaz que por virtude, ou maldição parecia estar morto. Tão morto quanto aqueles naquele jardim. Fazendo esquecer a beleza que reinava em sua imagem. Seus cabelos, agora escorridos pelas lágrimas frias da noite. Pareciam estar mais podres que as gramas daquele local. Seus lábios ainda soluçavam. A respiração ofegante fazia uma pequena nuvem sair de seu nariz, por causa do frio. Sua camisa preta colada no corpo. A camisa a qual sua amada havia comprado em seu aniversário. Que depois de receber, foi banhado em beijos e carícias. Agora ela era apenas uma lembrança. Era apenas uma moradora daquele jardim. Calça Jens. Descalço. Na mão, que tremia por causa do frio, uma pá.

Caminhou fracamente, cambaleando. Apoiando-se aqui e ali em alguma lápide. Quando não conseguiu se agarrar em nenhuma, seus joelhos fraquejaram, deixando-o cair. Com os olhos fechado. Ao abri-los outra vez, sua visão caminhou até uma lápide um pouco a frente. Uma rosa. Apenas uma. Murcha. Pétalas caídas, como lágrimas. A pega-la com sua mão a rosa quebrou-se. Caindo outra vez. Agora sobre a lama.

Levantou-se, continuando andar cambaleando de fraco. A chuva caia fraca e triste. Lágrima pensou ele. Um choro da lua. Lua que brilhava, iluminado o caminho a ser seguido por ele. Até parar.

S*** dizia a lápide improvisada. Lágrimas rolaram sobre o rosto dele. Outro clarão no céu o fez cair de joelhos no barro, que por estar recente, ainda estava sem grama. Olhou para o céu. A chuva, com seus pequenos pingos caiam em seu rosto. Levantou-se, respirou e começou a cavar, com a pá que trouxera.

Quando cavava aquele chão molhado, lembrava de sua amada. Lembrava de seu sorriso. Seus lábios vermelhos cor de vinho. Seus olhos claros e cabelos escuros e volumosos. De suas mãos pequeninas que ficavam a acariciá-lo todo tempo. Mãos de veludo. Seus fartos seios a qual se deixava adormecer, desejando morrer neles.

Cavando com suas ultimas forças. A chuva fraca não ajudava muito. Quando um estalar no solo o fez parar. Ajoelhou-se e com as mãos começou a tirar o barro encharcado. Seus dedos começaram a sangrar. Tirou toda a areia molhada, deixando a visão da lua um caixão.

Ele sem admirá-lo muito abriu o caixão. Deixando ao ar livre aquela a qual pertencia aquele leito. Continuava bela. Pálida mais bela. Morta. Fria não pela chuva e pela brisa fria, mas por não ter mais aquele calor que os vivos têm características. Cabelos mal penteados e aos poucos molhado pela chuva. Lábios fechados. Silenciosos. Sem respiração. Mortalha negra como a noite. Olhos sem vida fechados.

A lua no céu outra vez adormecia nas nuvens carregadas e negras que pairavam no céu. Ele deixou-se cair dentro do leito daquela sua senhora. Cerca de um metro no fundo. Já que a cidade onde moravam era abaixo do nível do mar. Caído ele se movimentou até sentir-se aconchegado. Ao lado dela, num leito improvisado aos amados. Sentiu-se adormecer, fraco. Fechou os olhos. A chuva caia mais forte.

Todos próximos a aquele cemitério dormiam. Crianças, devido aos trovões e relâmpagos no céu corriam para os quartos dos pais. Amantes se acariciavam, esperando ficar mais aquecidos. As lâmpadas dos portes mal iluminavam por causa da chuva torrencial que caia. Os esgotos se afogavam na quantidade enorme de água que caia. Os vigias noturnos se contorciam em seus postos de frio. Poucos carros se arriscavam nas ruas.

E no leito se sua amada L****** ainda com os olhos fechados adormecido. A água que entrava no caixão já tinha feito um lençol no corpo dos amados, deixando apenas os rostos e parte do busto de fora. Ele como se sonhava. Como se em uma cama não demonstrava nenhuma reação. A chuva não diminuía. Do jeito que caia, restava pouco tempo até as suas águas encobrir os dois. Numa arvore, como espectador deste teatro, um corvo gritava. Até que depois de alguns minutos silenciou. A chuva como mar que afunda um navio até sumir em suas águas o fez com os amantes. Durante aquele minuto parecia eternidade. Naquela água suja, podia sentir aquelas bolhas de ar mostrando que algo vivo ainda ali estava. As bolhas diminuíam, minguando. Fracas. Tornando os espaços entre uma e outra ser enorme. Podia ouvir soluços junto a elas. Até que mergulharam num silêncio. Eterno.

Não é uma ilusão, este triste luar...

Que derrama essas lágrimas de prata

Caindo em seus olhos límpidos, a sangrar,

Um escarlate rio, nas sombras da alma.

Num leito de rosas declinadas.

- Deixe-me caminhar, sozinho desfrutar...

Sinfonias horrendas, virgens embalsamadas

Poesias silentes, tristes... Onde irei navegar.

Desejo – ti um ultimo beijo, um adeus,

Minha senhora! Beijos chorosos.

Mesmo sendo frios, estes sempre são seus.

Gélidos, chorosos, divinos, graciosos.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Poente


Mãos alvas, brancas... Como veludo

Raios esplendorosos, densos. Oculto.

O leve seio pulsante em meu escudo

Doce, claro, um poente palhaço astuto.

Trêmulas, uma sombra dançante e muda,

Bailando seu desespero... Minguante e pálida.

Magra... Num gozo derradeiro, minha amada

Derrama fria sobre a minha mão cálida.

Neste verso, nebuloso sepulcro de amor.

Onde eles dançam sobre imagens decaídas,

Versos que bailam um negro sabor.

Em páginas de tempos serão esquecidas.

Vaporoso e rosado, montanhas de tinto vinho.

Que marcadamente tornava-me aéreo

Caminhava entre suspiros ou sozinho.

Agora frios, esquecidos, são um mistério.

Silenciosas letras... Pulsantes e caladas

Que o vento denso e calmo esconde de mim.

Ainda vejo, neste rio. Fracamente encantadas,

Na estrada caída... Morta no jardim.

Mãos alvas, brancas... Bailando sobre a saudade

Mergulhando no leito dançante, misterioso salão.

Imagens concretas, fetiche ou maldade

Caladas, torna-se num leito, um brasão.

Uma Dama em Meu Leito

Oh dama! No cetim de minha doce cama dormia?

Embalada pela prateada lua que espia pela janela

No lábio... O gozo louco de minhas noites morria

E em seu colo, a coroava, pois ainda és muito bela.

Durmas minha dama. A noite de ventura minguaria.

Seu hálito doce, como a luz fraca de uma fraca vela,

Entra em minhas lembranças, por onde caminharia.

Assombrando-me meus poemas: pois ainda é ela.

Em seus seios durmo, pela noite incerta embalada

Que em sombras, os olhos navegam mergulhados.

Quando no céu nasce uma escarlate alvorada.

Em minha cama, ela ainda dormia desmaiada.

Sua pele, que no lençol eram acariciados

Agora a mortalha com a amiga morte embalada.