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sejam bem vindos a meu cantinho, rodeados de rosas e solidão... uma cantinho repleto de amor, e morte, onde meus delírios como poeta ficam gravados. Não sinta pena de mim, não sinta medo, apenas retire destes trechos algo bom, algo de valor para uma ventura melhor. Estes poemas, estes conhecimentos aqui colocados são apenas delirios poeticos, criados apartir de uma mente delicada e intimadora, ate mesmo pra mim. Saboreie com todo prazer... luxuria. Beba destes versos aqui escrito como vinho... lambuze-se, até a ultima gota...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O estranho

A música estava alta. A batida entrava nos ouvidos de todos com certa força. Alguns se encontravam na pista de dança. O suor descia aos lábios. Deixava os cabelos mais cheios de brilho. A música e os corpos, com todos seus movimentos sensuais, era um convite para um novo romance. Alguns lábios abriam-se esperando ser tocados por outro. Lábios que molhados de prazer, molhados de excitação. Num canto, mais ainda na pista de dança, mas perto de uma mesa de bilhar, uma garota, gemia, e se contorcia de prazer ao ser acariciado por seu parceiro. Uma das mãos dele revezava entre aperta seus seios, suas nádegas ou sua nuca. Enquanto a outra mão segura o taco, ao qual segundo antes havia feito uma jogado, que impressionou sua companheira e seu amigo. Amigo que agora se deliciava com mais um gole de uma bebida que o fazia suar. Talvez o índice de álcool na bebida fosse forte, pois depois de cada gole dado, seu rosto mudava a feição. O bar estava cheio. Algumas garotas, na escada, conversavam, esperando que a noite fosse boa. Que a noite fosse divertida. Que na manhã do outro dia, suas cabeças estivessem doendo, pelo excesso de álcool no corpo. Ou amanhecessem num quarto de algum hotel barato com um estranho ao lado. Um estranho que parecesse lindo e encantador na noite, mais naquele momento era igual a todos.

Num canto, próximo a janela. Uma mesa com cinco pessoas. Dois rapazes. Um vestia jaqueta preta de couro. Calça jeans, com algumas partes rasgadas, apesar de ter um sinal de gastas não parecia que os rasgões fossem por causa de muito usadas, mas sim por estar na moda entre as pessoas daquela idade. Suas botas, pretas, brilhavam com as luzes que piscavam no bar. O outro vestia umas daquelas camisas com nome de banda estampada na frente e atrás. Calça e botas como no primeiro. Já as garotas, ha que estava próxima a janela e de frente para o primeiro rapaz, vestia uma mini-saia. Uma blusa preta, onde mostrava a superior de seus seios, assim como seu sutiã. Seus cabelos numa espécie de moicano caiam sobre o rosto, descendo até os lábios que brilhavam num vermelho intenso. Lábios que expressavam um sorriso todas as vezes que o cara de jaqueta a olhava. Uma segunda garota, abraçada e às vezes sendo beijada pelo rapaz de camisa de banda. Seu vestido branco tomava várias cores e brilho, de acordo com as luzes que piscavam num ritmo alucinante. Vestido que mal tocavam os joelhos. Onde as mãos de seu amante estavam. E que às vezes adentrava entre suas pernas, fazendo-a morder os lábios. Fazendo gemer de prazer. Quando o beijava. A ultima garota, que se deliciava com cerveja, assim como as outras, porém parecia mais senhora de si. Parecia menos iludida pela noite e suas luzes. De costas para janela, podia ver o bar todo. Desde os caras, que neste momento discutiam na mesa de bilhar, e a garota separando-os. Podia ver também a pista de dança, que estava cheia. Porém não podia ver, já que estava de costas para a janela e claro para a rua.

Na calçada, em pé, um homem. Cabelos brilhando pelo clarão da lua, que mesmo desalinhados e mal penteados pareciam que foram presos assim. Sua camisa, de botões, deixava mostrar seu colar e um cordão com uma cruz como pingente. Camisa que descia até as mãos. Negra como a noite, fazendo-o desaparecer na escuridão. Negras como sua calça e suas botas.

Ele olhava, sem piscar para a garota de costas para a janela. Seus olhos brilhavam como a lua. Seus lábios finos deixavam sair um sorriso. Mais um sorriso que encoberto pela neblina quase não podia ser visto. Um sorriso apagado. Como uma folha em branco. Ele não apenas admirava ela. Ele se deslumbrava. Como se diante de um anjo.

Ela, na janela, ainda não tinha prestado atenção no rapaz. Estava de costas para ele. Prestando atenção no movimento intenso dentro do bar. Mas começou a sentir-se com calor. Um calor que estava na pele. Um calor que deixou seus lábios molhados.

Depois de uns longos minutos. Onde a lua o observava admirar a sua amante na janela. A lua que às vezes, como um lençol de veludo, como uma sombra, as nuvens a encobria. Como num chamado, ele olhou para o chão. Podia se ver uma lágrima sair de seus olhos gélidos. Brotando como uma nascente esquecida pelo tempo. Lindo. Caindo. A lágrima logo depois de nascida escorregou sobre sua pele pálida, caindo no chão. Oh! Como era triste. Ele olhou outra vez para ela e começou a andar para escada onde se encontrava a entrada daquele bar.

Ele chegou ao primeiro degrau, começando a subir. Notou que em alguns degraus acima, duas garotas conversavam. Educadamente:

- Olá! Boa noite! – falou, num tom calmo e sedutor – desculpe o incômodo, será que posso passar?

Elas, admiradas pela beleza do rapaz. E ele apenas olhava ambas, silenciosamente. Seus olhos silentes. Seus olhos frios. Então uma delas aproximou-se:

-Oi gatinho – disse ela, num tom desafiador – pode me fazer companhia? Darei passagem apenas se ficar ao meu lado na festa.

Ele apenas a olhou, do mesmo modo. Deixou aparecer um fio de sorriso. Como uma lua crescente, que da vida à noite. Então num movimento rápido agarrou em seu pescoço, levantando-a bem acima, sem parecer usar nenhuma força. Falando calmamente como da primeira vez.

-Senhorita, ó dama. Sei que sua beleza é doentia. Sei que a noite entre nós poderia ser perfeita como a luz da lua prateada. – ele sorriu, mas um sorriso sofrido. Como um choro. – mas é perfeita além de nós. Ó veja como tantos rapazes procurando ser conquistado por um hálito assim como o seu. – levantou mais um pouco ela enquanto sua amiga pedia, suplicando para colocá-la no chão. – então vá atrás deles, pois não mereço tanta luxuria. E deixe-me passar.

Deixando a cair. Como pouco ar correndo em seu corpo. Já que as mãos dele, mesmo parecendo veludo. Mesmo tão doce e divina. Impediram que o ar circulasse em seu corpo. Ela no chão. Lágrimas de terror caiam em seus lábios. Borrados de batom barato.

Ele apenas olhou para ela. Abaixou os olhos como um pedido de desculpas. Logo depois seguiu o caminho que tinha iniciado, antes de ser interrompido.

Passos leve. Passos calmo.

Entrou no bar. Neste momento o som tocava algo rápido. Vocais melódicos. Vocais tristes. Soturnos. Numa batida eletrônica rápida. Procurou, num primeiro instante, saber em que direção ela estava. Como se precisasse. Como se o perfume daquela dama, o seu aroma, não o tivesse enfeitiçado. Ela não estava mais em sua cadeia. Seu aroma, doce e intenso, vinham da área aonde todos iam para dançar. Sem se importar. Nem mesmo com intenção de ir a sua procura, se direcionou ao bar. Sentando-se logo após.

Pediu uma bebida, adocicada e alcoólica. E ficou saboreando.

Depois de alguns minutos. Depois de a música chegar ao seu fim. Ela saiu da área onde dançara e se encaminhou para a mesa onde estava. De lá, sentada, notou o estranho. Que com um olhar singelo. Olhar transparente. Um olhar que a procurou dentro da alma. Deixou se arrepiar. Despertando seu sorriso. Lábios que ainda molhados de suor, depois de alguns minutos de dança.

Ele não parava de olhar para ela. Olhar singelo. Ela também não parava de o olhar. Apesar de ela virar para alguém quando perguntas a procuravam. Perguntas que tiravam sua concentração. Ela respondia e voltava o olhar, torcendo por sua imagem espetacular ainda estar lá. Ela sentiu seu corpo esquentar. Sentiu-se excitada. Se estivesse em pé, talvez perdesse força nas pernas. Podia sentir que sua roupa intima, estava molhada de prazer. Prazer que ele transmitia apenas no olhar.

Como um fleche. Como um relâmpago que corta o céu, durante uma tempestade. Um relâmpago que precede o terror. Em sua mente jurara já ter visto aquele olhar. Aquele sorriso. Ele, como se adivinhasse o que ela pensou. Virou-se. Ela abalada. Procurou, revirando sua memória, algo que o fizesse lembrar ele, sem êxito.

Logo depois deste instante. Desta falta de lembrança. Ele com um olhar diferente procurando ela outra vez, logo depois se levantando e se direcionando a saída. Ela o notando, o observando, admirando. Cada passo dele. Ninguém o percebia. Ninguém o notara. Sua imagem desapareceu. Ela ainda sentada, ainda revirando a cabeça, revirando sua memória, em busca daquele rosto, daquele olhar, daqueles lábios. E num instinto, levantou-se da cadeira onde estava e andou em direção de onde ele tinha saído, sem ao menos responder aos seus amigos que indagava aonde ela iria.

Chegando à rua. A lua brilhava mais forte ainda. Num primeiro instante não o encontrou. Apenas a lua. Essa rainha da noite, da escuridão. Apenas a lua no céu, sem ninguém na rua. E ele entrando numa rua, na quadra seguinte. Então ela seguiu atrás. Quando chegou à quadra onde ele virou, não o encontrou mais. Porém ela seguiu, já que a rua parecia ter apenas uma saída. Andando, e ainda revirando a memória, procurando algo que lembrasse ele. Uma voz em sua mente a fazia seguir. “siga meu amor, venha ao meu alcance minha rainha. Sou um inútil sem seus lábios. Sou frio. Mas sinto-me vivo com seu calor.”

“Venha minha amante. Seja meu alimento hoje à noite. Venha direto ao seu predador.”

A voz insistia em sua cabeça. “siga-me, não deixe nem mesmo essa linda lua tirar sua concentração” indicando um caminho, silencioso e tranqüilo a ser seguido. Uma rua, linda, onde casas antigas e monumentais atravessavam séculos, dando um ar antigo nas redondezas cheias de prédios.

A voz silenciou-se. E algumas dezenas de metros a sua frente, viu uma sombra. Uma sombra no meio da escuridão. A neblina forte. As luzes fracas dos postes. O chão de paralelepípedos. A lua que brilhava naquela flutuante neblina. Fria. Densa. E a sombra parada. Olhando na direção dela. Sentiu medo. Mas o calor em seu corpo, como sentiu pela primeira vez, voltou. Sentiu-se outra vez excitada.

Então, como uma alucinação, a imagem desapareceu. E em questão de segundos. Num piscar de olhos. Sentiu-se agarrada por trás. Uma mão segurava seu pescoço. Uma mão que mesmo apertando forte, mesmo não deixando seu sangue circular normalmente, era aveludada. Era macia. Sentiu uma respiração em sua nuca. Como um beijo.

- De onde conheço você? – ela perguntou – diga-me!

Ele apenas sorriu. Virou ela de frente e a beijou. Beijou-a como ninguém antes. A neblina cobriu os dois. O frio percorreu a espinha dela. O calor desceu junto com sua mão, que neste momento estava dentro de suas calças. Dentro de sua calcinha. Deixando mais molhada que antes. Fazendo-a respirar mais forte. Fazendo desvia seus lábios para gemer de prazer.

- Não tem medo de mim? – ele disse, tirando os seus lábios do dela, com um sorriso melancólico.

- Não. Deveria?

- Sim. Toda presa tem medo de seu predador. – ele disse depois se virou para olhar a lua, que neste momento desaparecerá atrás das nuvens.

O seu rosto vagava pela sua memória. Aquele lindo e pálido rosto. Ela já tinha visto ele, esse olhar triste, essas palavras melancólicas. Mas não sabia onde. Em algum momento em seus 22 anos já tinha visto ele. Mas onde.

Ele olhava tristemente para ela. Com seus lhos chorosos. Olhos feridos na alma. Colocou as mãos nos cabelos dela. Levantando-os. Cabelos negros, lisos, brilhantes. Levantando até mostrar uma cicatriz. Nesse momento ela se lembrou de algo. Lembrou-se do dia que aquela cicatriz surgiu na sua pele. Como uma tatuagem. Lembrou-se daquele maldito que tentou abusar de sua adolescência. De sua juventude. Naquela nebulosa noite, em que um herói noturno, uma sombra, salvou sua inocência. E sumiu sem ser visto. Enquanto aquele obsceno e maldito estuprador, como se atacado por feras foi morto.

Essa memória surgiu. Surgiu junto com o rosto daquele desconhecido. Era o mesmo. Mesmo depois de quase sete anos. O mesmo sorriso triste. Mesma face pálida. Lembrou-se dos sonhos com ele. Onde acordava molhada. Sonhava com ele no seu quarto. E quando acordava ainda o via parado, próximo a janela. Mas quando levantava para ligar a luz ele sumia. Como uma imagem de espelho.

- lembrou-se... – ele disse. Suas palavras eram calmas, como um rio virgem. Que próximo a nascente era fraco. Sem correnteza nenhuma. – ó meu amor.

- Beije-me – ela disse.

Ele pegou-a pelo pescoço. Beijando seus seios. Tirando sua blusa. Enquanto levava ela, para uma praça desabitada no momento. As esculturas e imagens de concreto da praça eram lindas. Mas não conseguia manter os olhos abertos de tanto prazer. Ele tirou sua blusa. Desabotoou seu sutiã. Enquanto ela já tinha tirado sua camisa. Rasgando-as e deixando alguns botões voarem e caírem no chão. Seu corpo tão pálido quanto o rosto era lindo. Musculoso. Com algumas tatuagens. Como um símbolo egípcio bem no peito esquerdo. Ele já com seu órgão sexual já fora de suas calças. Começou a acariciar ela. Depois de tirar a calça dela que ela mesma começou a desabotoar. Ele penetrou-a. com força. Ela gemia de prazer. Às vezes caladas por um beijo. Sentiu gozar. Mas ele não. Com os braços em volta do pescoço, como se a enforcasse ele penetrava sua vagina com força. Ele estava de frente para ela, suas mãos levantavam suas penas enquanto penetrava-a. depois de alguns instantes, ou talvez minutos. Não lembrava bem o passar do tempo. Ela perdeu toda a noção de tempo. Ele a virou de costas. Ela nem lembrava que ainda estava de calcinha, porém durou pouco tempo. Pois ele com força rasgou ela. Ela de costa para ele, com o pé direito num banco de concreto. Deixando ser penetrada por trás. Com carinho. Ele colocou seu pênis devagar. Para se acomodar. Beijando-a. depois, como um cavalo com raiva, socava sua bunda com força. Ela uivava. Como uma loba uiva para a lua. Ela gemia. Ele a beijava-a. Em silencio. Não lembra quantos orgasmos teve, quando ele a penetrou por trás. Mas sentiu suas pernas ficarem bambas. Até que sentiu o órgão dele crescer dentro de si. Sentiu-o gemer em seus ouvidos. Sentiu-se cheia de gozo de seu parceiro. Sentiu os dentes de seu parceiro entrar no pescoço. Olhando para a lua, sentiu-se cansada. O corpo levemente morrendo. Até que a escuridão tomar conta de sua visão.

Acordou em seu quarto. Nua. Com cheiro de Amor noturno. Cheiro de gozo. O sol entrava pela sua janela. Não sabia que horas ela. Mas não importava. Sentia-se satisfeita. O vento quente fazia o lençol de parede dançar. Branco como as nuvens. Ela levantou-se, olhou sua imagem no espelho. Nua. Ficou imaginado sua noite. Não sabia quem era seu amante. Mas queria o encontrar outra vez. Mas, com um susto, olhou em seu pescoço. Uma mordida. Deixou ainda as marcas de sangue no local. Vermelho. Sentiu medo. Mas a fez ficar molhada outra vez. Logo depois de sentir-se excitada, notou uma rosa no seu leito e embaixo um bilhete.

A rosa tinha o perfume de seu amante. Tão saboroso tão doce. Mas a rosa estava murcha, morta. E o bilhete, escrito a mão dizia.

“apenas vim buscar minha recompensa por aquela noite... desculpe. Ass. Um Estranho.”

Um comentário:

  1. vim aqui visitar seu espaço qdo puder veja o meu é cheio de coisinhas mas sao coisas de menina.rsrsrabraços

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